percorrendo momentos ocorridos,
ao lembrar de situações parecidas,
e diversas vezes vividas
em faixas etárias que diferem,
indo do romantismo para comigo
ou do "escrachismo" que não sei definir.
E cada vez, chegando mais, até se parecem.
Figurinhas repetidas que ferem
a alma e maltratam o coração.
Penso como é difícil honrar a moral,
como é difícil manter-se na dignidade e
não repetir comportamentos inadequados
que vão de encontro aos bons costumes,
perante às Leis de Deus e a si mesmo.
Nos espaços vazios do pensamento
busco à noite, o sono amigo.
Abraço meu travesseiro,
envolvo-me em alvos lençóis.
São fiéis companheiros de quarto.
Mas ao acordar, as vozes emudecidas
surgem novamente mascaradas,
por palavras açucaradas,
nas frases que ocultam sentimentos
opostos à honra e à verdade,
através de sentenças que tocam,
encantam e enganam o ego e minh'alma.
São intenções ocultas
em meio a falsos carinhos,
abraços e beijos fraudulentos,
cheios de artimanhas enganosas,
convincentes... São velhos refrãos!
que driblam e embriagam!
Assim me vejo continuamente,
como antiga passageira
no mesmo trem, que
hoje não existe mais,
a viajar no tempo atual.
O mesmo de tempos passados...
E os antigos projetos e sonhos,
sonhados por tanto tempo, se esvaem;
já se tornam pesadelos constantes,
fora daquele vivido lá atrás;
que não apaga o que se repete sempre
e cada vez dói mais e mais!
Sônia Lúcia
A autora, todos os direitos
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