terça-feira, 3 de março de 2015

UMA AMIZADE VIRTUAL (Parte 1)



Somos amigos, no trem da vida, passageiros virtuais,
vivendo momentos de extrema amizade,
Porém muitas vezes mesclado de sensualidade
que por sua distância, não convém ilusão,
a fim de se evitar dor, constrangimento, tristeza e 
decepção diante da realidade da vida.
Não sou tua! Não és meu! Somos amigos virtuais unidos por afinidades!
Os gestos puros de mimos trocados por mensagens
e câmera, nesta, são poucos, mas ricos e
fugazes minutos, recheados de deslumbre,
sensualidade e amor ao extremo vindo de ti.
E aos quais me derreto toda, do lado de cá, sorrindo e
fazendo de conta que acredito em teus galanteios marotos.
Não dá pra acreditar... são coisas de homens vividos.
E te respondo com minhas verdades que saem do coração.
Mas, quase que imediatamente, sobem até a razão.
Nosso compromisso terreno está selado
pelo pacto da amizade virtual, cheio de
compreensão quando na saudade da demora...
Uma doce e maravilhosa missão para mim no duplo sentido,
o de propiciar manifestações amorosas e sensuais,
mas em contra partida, viver o carinho sensitivo e 
fraternal da ternura e do encanto racional;
Enquanto que, em mim, deixas ferimentos nas despedidas
a serem amenizadas no próximo encontro
que não se sabe ao certo, quando será.
Acho que, no futuro, apenas farei parte 
de tuas singelas lembranças, dizendo assim:
"simples quimera... coisas do passado..."
Para mim, no entanto, será sempre presente 
ou um pretérito bonito, cheio de meiguice,
e com uma real importância que nunca esquecerei
por ter laço não imaginário; por já possuir história
documentada durante quase 3 anos em redes sociais
que me saciam relendo-as, quando a saudade teima aparecer.
Primo por elas, pois são mensagens, onde
não te furtas a doces e afetuosos poemas
repletos de muito carinho e ternura em abundância.
E naqueles raros encontros de olhares em câmera:
gestos ousados, furtivos, sorrisos de alegria
e momentos de encantamento e felicidade...
tal qual criança com brinquedo novo...
ainda que, sem o forte carinho do aperto de mãos,
sem abraços... nenhum contato que ultrapasse
a distância espacial de muitos quilômetros
e uma câmera, em tela que mede 22,5 cm,
onde nos vemos esporadicamente por menos de 5 minutos,
mas que surtem um efeito vivido horas num encontro real.
Um dia...quem sabe será...? se a razão conseguir
ultrapassar a distância vencendo as manhas do coração?

                            (SÔNIA LÚCIA  p/ GERALDO S. DANTAS

                               meu INESQUECÍVEL AMIGO virtual)                                                     

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