quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A CARÊNCIA DO AFETO



Muitas vezes, me vejo
assim perdida no tempo
sentindo a falta de alguém...
É nos pequenos momentos:
no cair da noite 
e em instantes algures,
instantes que não sei definir...
Procuro fugir da melancolia
que traz certo desassossego.
É quando sinto, portanto
aquela ausência doída que
poderia ser importante...
E a cada carência,
acentua-se: a falta da 
ternura, do carinho
e do afeto; no dengo
situado no abraço, no beijo,
no aconchego da conversa,
na divisão de tarefas.
 dos planos de todo dia...
Até das pequenas brigas...
e por que não?
É o tempero da relação.
Queria ainda sentir
 a proteção incontida
do colo, das carícias 
no cafuné da cabeça...
Ai que sono que dá!
O de um colo amigo...
E desenhando também 
as belas faces rosadas 
nos carinhos mais ousados
ao longo  do corpo carente
que ainda sonha com o ausente.

                                                                                               ( SÔNIA LÚCIA )

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